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Piracicaba, 09 – As atividades de plantio, visando a safra principal de melão, se intensificaram somente nos últimos dois meses no Vale do São Francisco (BA/PE). Geralmente, a colheita ocorre entre abril e junho, mas o cenário pode ser diferente neste ano, devido às chuvas recentes, que devem atrasar a atividade.
De acordo com produtores da região, mesmo com as chuvas mais frequentes no período e a consequente preocupação quanto às doenças fúngicas e bacterioses, espera-se incremento de quase 20% na área plantada de média/alta tecnologia – ou seja, para aqueles produtores que investem em sementes F1. Isso porque os bons preços praticados em 2019 animaram melonicultores.
Para esta campanha, a expectativa de colaboradores do Hortifruti/Cepea é de que as cotações sigam acima do custo de produção, já que a concorrência com o Rio Grande do Norte/Ceará diminui no período. Porém, caso os aumentos de área e produção se cumpram no Vale, os valores deverão ser pressionados.
CHUVAS AJUDAM OU ATRAPALHAM? – A retomada das chuvas nos últimos meses trouxe certo alívio aos produtores frente à escassez hídrica recorrente da região (devido ao clima semiárido). Porém, nesses primeiros meses do ano, alguns lotes de melões, que antes permaneciam mesmo na entressafra, deixaram de ser comercializados no Sul e no Sudeste. Isso porque tiveram a qualidade prejudicada pelas precipitações nas roças, o que, consequentemente, diminuiu a resistência das frutas ao transporte.
Fonte: hfbrasil.org.br
