Piracicaba, 21 – O mês de outubro registrou poucas movimentações no mercado de alfaces, em uma visão geral. A demanda pelo produto, que já vinha contida ao longo de toda a safra inverno, seguiu reduzida, e as cotações quase não variaram. O tempo frio somado ao baixo escoamento elevaram a oferta do produto, o que gerou descarte da mercadoria ao longo do mês.
Assim, os preços foram estáveis ou passaram por ligeiros decréscimos – na Ceagesp, o preço da alface chegou a ficar inferior ao das praças produtoras, uma vez que o escoamento não era suficiente. Em Mogi das Cruzes (SP), a cotação média foi de R$ 0,67/unidade de crespa (+0,02% em relação a setembro) e R$ 1,16/unidade de americana (-1,70% no mesmo comparativo). Os preços recebidos pelo produtor foram insuficientes para cobrir os custos de produção estimados, fechando o mês com rentabilidade negativa de 36% e 18% para Mogi e Ibiúna, respectivamente.
O final da safra de inverno vem apresentando uma maior incidência de doenças e bacterioses, resultado da redução dos tratamentos preventivos – a fim de reduzir custos. Além disso, produtores já haviam diminuído o ritmo de plantio devido aos resultados insatisfatórios – esse cenário tem refletido em redução na oferta e pode alavancar as cotações nas próximas semanas.
A primeira quinzena de novembro já sinalizou uma leve recuperação para o setor; contudo, o cenário foi afetado por outros fatores, como o clima frio atípico (aumentando o ciclo de desenvolvimento da planta) e as paralizações em protesto ao resultado das eleições, que tiveram impacto na logística do setor.
Fonte: hfbrasil.org.br