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Julho 28, 2022
HORTIFRUTI/CEPEA: Quais ações são importantes para aumentar a ingestão de frutas e hortaliças?
A meta é tornar os HFs protagonistas do prato do brasileiro

Por Hortifruti Brasil
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Piracicaba, 28 – A meta é tornar as frutas e hortaliças PROTAGONISTAS do prato do brasileiro e também da população global, já que o consumo abaixo do recomendado não é só um problema nacional. E o desafio é imenso, já que a participação desses alimentos tem se reduzido ao longo dos anos. E essa diminuição no consumo não deve ser associada apenas ao preço, já que a elevada diversidade de produtos do setor nacional, a disponibilidade regional e a sazonalidade permitem que o brasileiro adquira uma cesta de HFs mesmo com um orçamento menor.

E, para promover hábitos saudáveis do brasileiro ao longo dos próximos anos – e o consequente aumento no consumo de HFs –, são imprescindíveis realizações de ações permanentes de conscientização, de promoção da diversidade dos HFs e de divulgação das diversas formas de consumo e de aproveitamento das frutas e hortaliças.

Esforços como esses, inclusive, já vêm sendo realizados. A Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA), ao longo de 2021, organizou a campanha “Frutas e Hortaliças: Por que comer mais?”, que colocou especialistas para debater o hábito de consumo. Um outro exemplo é a criação e a divulgação da marca “Amo Abacate” por parte da ABPA (Associação Brasileira dos Produtores de Abacate). As duas iniciativas foram apresentadas e discutidas em uma das lives realizadas na Hortitec pela equipe da Hortifruti Brasil.

 

“PRECISAMOS INCENTIVAR AS CRIANÇAS!”

Letícia Barony, assessora técnica da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)

“Durante a campanha “Frutas e Hortaliças: Por que comer mais?”, vários especialistas (sejam nutricionistas ou do setor produtivo) foram contatados, e houve um senso comum: precisamos incentivar as crianças! (...) Outra dica importante é deixar os HFs à vista, expostos, para evitar o esquecimento e até mesmo as perdas, ou já lavá-los e higienizá-los para facilitar o consumo. E, por último, incentivar formas mais práticas, como os HFs secos ou desidratados, minimamente processados e congelados. (...) Precisamos nos preocupar com o benefício do consumo de frutas e hortaliças para o funcionamento do corpo, no dia a dia. Não é só comprar alface e tomate, e sim uma diversidade de HFs, pois cada um deles vai ter um nutriente diferente, uma quantidade calórica e de açúcares diferentes. Apenas repetir o mesmo alimento todos os dias não vai suprir a necessidade de nutrientes. Temos que ter diversidade de HFs e de cores todos os dias”.

 

“NÃO TEM COMO RENTABILIZAR A CADEIA PRODUTIVA SEM PENSAR NO CONSUMIDOR”

Lígia Falanghe Carvalho, Jaguacy Brasil e da Associação “Abacates do Brasil”

“A Associação ‘Abacates do Brasil’ tem como missão rentabilizar a cadeia produtiva da fruta do Brasil, e não tem como falar nisso sem pensar no consumidor. Então, criamos a marca ‘Amo abacate’, com a ideia de aproximar o consumidor ao produtor. Criamos alguns canais nas mídias sociais para mostrar ao consumidor como ele pode consumir o abacate, curiosidades das variedades, e usamos algumas estratégias, como divulgar o produto com influenciadores. Também trabalhamos com aqueles que têm o papel de ensinar o consumidor a comer, como nutricionistas e chefs de cozinha, falando sobre os benefícios, ensinando a preparar receitas e indo a eventos. O ‘Amo abacate’ também tem a ideia de trabalhar gerações, ensinando as crianças a consumir; por isso, temos um projeto com escolas, pois o aumento do consumo vai passar de geração em geração”.

 

“É IMPORTANTE TER UMA VISÃO ALÉM DOS PREÇOS”

Sueli Longo, diretora do Instituto de Nutrição Harmonie

“Somos um país produtor, tropical, com uma diversidade gigante de possibilidades de escolha de frutas e hortaliças. Porém, ano a ano vem se reduzindo o consumo de HFs. O brasileiro não está comendo tanto legumes, verduras e frutas quanto no passado, e quando come, é menos do que o recomendado. Então, precisa ser trabalhada a frequência e a quantidade. O brasileiro está focado em alguns HFs de costume, não levando em consideração a produção regional ou a tabela de safra. Algumas pesquisas mostram que, muitas vezes, isso não está ligado ao preço, e sim ao fato de não ter formado o hábito de comprar e de consumir este alimento”.

 

Quer saber mais sobre estas e outras ações do setor de HF para os próximos 20 anos? Acesse a edição de Julho da Revista Hortifruti Brasil!

Fonte: hfbrasil.org.br

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