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Outubro 9, 2023
HORTIFRUTI/CEPEA: Morango - Atividade é lucrativa no Sul de MG
Cultura é a que tem maior custo por hectare dentre as que a Hortifruti Brasil já realizou levantamentos

Por Hortifruti Brasil
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Piracicaba, 09 – Dentre as culturas em que a Hortifruti Brasil já realizou o levantamento de custos de produção, o morango é disparadamente a que tem maior custo por hectare cultivado, o que não significa que os produtores estejam encontrando dificuldade para obter uma rentabilidade positiva. Pelo contrário! De acordo com o que relatam, ano a ano os resultados têm sido satisfatórios. Neste estudo, o produtor de meio hectare teve um custo total de R$ 8,51 por quilo de morango colhido e comercializado na safra 2022/23, enquanto vendeu por cerca de R$ 10,00 no mercado de mesa (30 mil quilos), e a R$ 3,00/kg do morango para a indústria (2,5 mil quilos), obtendo, dessa forma, uma receita média de R$ 9,46/kg e rentabilidade de 11,1%.

O maior peso nos custos de produção do morango está como em todas as culturas de HF já estudadas pela Hortifuti Brasil: no Custo Operacional. No entanto, apesar de o CARP não ser elevado em termos percentuais (menos de 4%) frente ao Custo Total, e do pouco patrimônio imobilizado desse produtor devido à pequena área, o CARP (em valores absolutos) é alto quando comparado à outras culturas, ficando em R$ 10.674,78 para meio hectare e R$ 17.265,71 por um hectare (isso porque o dimensionamento do equipamento de irrigação, de pulverização e das ferragens para condução da estrutura de implantação da cultura aumentam).

Entre todos os componentes do custo, a mão de obra é o maior dispêndio, correspondendo a quase 40% do Custo Total. Esse valor praticamente é o valor do salário da família. O modelo avaliado nas páginas 11 e 12 praticamente é inviável na escala estudada, se houver mão de obra permanente contratada.

Outro custo elevado é o de arrendamento. Um módulo de um hectare da cultura pode alcançar cerca de R$ 45.000,00/ha, para um ciclo de 18 meses. No entanto, a moda para o valor do arrendamento no estudo foi de R$ 18.595,04. A justificativa para esse elevado custo, é que, por ter uma demanda de pequenas áreas para o morango, o valor pedido pelo proprietário da terra é maior, em função da pouca escala. Além disso, há alegação que podem ficar partes remanescentes da implantação no solo, o que geraria um custo para o proprietário fazer a limpeza quando pega a terra de volta. O ciclo maior da cultura também justifica o maior valor, já que o arrendamento é por ciclo. Além disso, a necessidade de áreas específicas para o morango, como a altitude (cultivares de dia neutro que produzem o ano todo) com disponibilidade de água são outros fatores que corroboram para o alto valor do custo com arrendamento. Estima-se que 70% das áreas cultivadas sejam arrendadas.

Outro ponto positivo para a cultura na região do Sul de Minas é o uso de controle biológico associado ao químico. Isso pode tornar mais seguro, principalmente no ponto próximo da colheita, o consumo do produto. No geral, atualmente, do total despendido para o controle fitossanitário, o produtor tem um gasto médio por hectare com defensivos químicos, de R$ 9.503,80 e R$ 11.940,00 com defensivos biológicos, além de R$ 11.815,00 com enraizadores, espalhantes, aminoácidos, e redutores de pH.

 

Saiba mais sobre a cultura do morango lendo a matéria de capa da edição de setembro da revista Hortifruti Brasil.

Fonte: hfbrasil.org.br

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custo de produção
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