Piracicaba, 18 – De fato, os preços ao varejo são mais elevados do que os observados na roça. Quando comparadas as duas pontas opostas da cadeia de frutas e hortaliças frescas (produtor e consumidor), é importante destacar que os custos dos compradores não envolvem apenas a aquisição da matéria-prima; há uma série de serviços adicionados para levar o produto de uma ponta a outra, como: transporte, armazenamento, beneficiamento/processamento, classificação, embalagem, marketing etc., que acabam incluindo custos com mão de obra, frete, aluguel e/ou aquisição de benfeitorias e máquinas, impostos, seguros, financiamentos e assim por diante.
No geral, observamos que quanto menos perecível, mais padronizado e com menos intermediários envolvidos, menor é a margem de comercialização (ou a diferença entre os valores) entre o produtor e ao varejo. Isso pode ser observado nos produtos importantes na cesta do consumidor, que também são analisados pela Revista Hortifruti Brasil de agosto: batata, cebola, tomate, banana, laranja, maçã e uva.
O cálculo da diferença dos preços ao varejo e ao produtor foi realizado confrontando-se os dados do varejo divulgados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) na cidade de São Paulo, no período de janeiro de 2016 a fevereiro de 2017, e ao produtor coletados pelo Hortifruti/Cepea. As cotações no varejo são referentes à capital paulista, e para que a comparação fosse feita da melhor forma, as cotações ao produtor foram escolhidas de acordo com as regiões com maior participação no envio de produtos à capital.
Confira os outros quatro mitos (ou verdades) analisados na edição de agosto, clicando aqui.