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Agosto 14, 2023
HORTIFRUTI/CEPEA: Desafios da adoção das ESG's
Equipe da Hortifruti Brasil separou e resumiu alguns deles

Por Hortifruti Brasil
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Piracicaba, 14 – Atualmente, empresas estão se organizando e publicando anualmente suas atividades por meio de relatórios de sustentabilidade e expondo suas ações nos rótulos de seus produtos. Muitas estabelecem metas específicas no médio e longo prazos para evoluir no tema da sustentabilidade nos seus três pilares: ambiental, social e de governança. É importante ter ciência de que parte dessas metas não é uma tarefa fácil. Trata-se de um processo de longo prazo, que demanda engajamento e monitoramentos interno e externo de agentes da cadeia para o seu sucesso. Muitos desafios envolvendo a adoção da ESG são relatados em artigos e estudos, e a equipe da revista Hortifruti Brasil separou e resumiu alguns deles, que são apresentados a seguir:

 

  • PROSPERIDADE COM SUSTENTABILIDADE: O retorno dos investimentos em atividades sustentáveis não é perceptível no curto prazo.  E, a cada ano, é necessário estabelecer novas metas e mostrar a evolução das suas práticas. O mais importante é que o comprometimento dessas práticas se inicie na liderança da organização. Nesse sentido, proprietários/sócios precisam assumir um compromisso de longo prazo com ações sustentáveis, mesmo que isso implique em maiores custos no curto prazo. E, a partir da liderança, é necessário o alinhamento/engajamento de todas as metas com as equipes internas e externas. Nenhuma empresa sozinha vai conseguir por mérito próprio erradicar completamente todas as questões ambientais e sociais que o seu negócio impacta. A parceria externa é fundamental!

 

  • PRÁTICAS SÓ PARA PUBLICIDADE: Muitas empresas utilizam o conceito de ESG só para melhoria na sua imagem institucional, sem praticar efetivamente o que é divulgado. Essa estratégia hoje é conhecida pelo termo greenwashing: divulgação de projetos sustentáveis, ecologicamente e ambientalmente responsáveis e que não condizem com a realidade da empresa. As ações, muitas vezes, são válidas, elaboradas com embasamento, mas, no momento de colocá-las em prática, acabam sendo distorcidas ou parcialmente implementadas, não atingindo, portanto, o resultado esperado. Exemplos são campanhas em redes sociais de diversidade das empresas, em que, na realidade, internamente, tais corporações não conseguem deixar estas mensagens explícitas e intrínsecas ao hábito das suas diretorias e áreas como um todo, inclusive dos seus colaboradores (como seleção e tratamento ético de fornecedores).

 

  • VISIBILIDADE DAS AÇÕES DE ESG: Para uma empresa hoje se diferenciar das estratégias superficiais de sustentabilidade, é importante usar certificações de terceiros, especialmente aquelas que são amplamente reconhecidas e compreendidas pelos consumidores. Isso vai proteger a marca de acusações de greenwashing. Expor as conquistas das empresas nos rótulos e nas embalagens dos produtos é uma forma eficaz, mas, como ainda não há uma regulamentação específica sobre práticas sustentáveis, há muita desinformação nesses rótulos, dificultando a apuração da veracidade do que as empresas anunciam. A publicidade efetiva das ações de sustentabilidade é ainda um grande desafio para as empresas.

 

  • SUSTENTABILIDADE ACESSÍVEL: Apesar de várias pesquisas indicarem que os consumidores estão preocupados com as mudanças climáticas e demandam um sistema de produção mais sustentável, há um grande dilema sobre a viabilidade de agregação de valor por conta da sustentabilidade. A inflação dos alimentos no período da pandemia e pós mostrou que a crise do custo de vida limitou a adoção da sustentabilidade. Por outro lado, os termos de sustentabilidade acessível em épocas de bolso curto do consumidor também fazem com que algumas práticas sejam revistas, tais como redução de desperdício, economia de energia.

 

  • ADEQUAÇÕES AMBIENTAIS: Quando se trata de exportação, adequar as legislações ambientais do Brasil a normas de outros países é um grande desafio. Ressalta-se que atender à legislação vigente é uma obrigação das empresas e esse fato não indica que a instituição realiza práticas sustentáveis como um todo. E muitas empresas seguem a legislação para fugir de multas e outras sanções, não pensando na saúde do planeta.

 

Saiba mais sobre o assunto lendo a matéria de capa da edição de agosto da Revista Hortifruti Brasil.

Fonte: hfbrasil.org.br

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Tags
ambiental
desafios
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