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Piracicaba, 06 – Em agosto, o mercado de alfaces seguiu com cenário similar a julho: pouca demanda e baixas cotações. O mês marcou a reta final de um inverno um pouco atípico, devido às temperaturas mais elevadas. O clima mais quente favoreceu a produtividade, encurtando o ciclo das alfaces e resultando no aumento da oferta. Isto teve reflexos negativos no preço, visto que não houve crescimento proporcional da demanda.
Em Teresópolis (RJ), os reflexos desse panorama pressionaram as cotações. A crespa teve baixa de 33,99% frente a julho, finalizando com média de R$ 0,55/unidade. Já no cinturão verde paulista (Ibiúna e Mogi das Cruzes), ocorreram problemas nas lavouras, com presença de pragas como tripes e pulgões, causando viroses. Estes fatores na produção evitaram maior volume de sobras, mas ainda assim as cotações recuaram: em Ibiúna, a crespa finalizou em R$ 0,90/unidade (-24,44% frente a julho) e a americana a R$ 1,58/unidade (-30,38% no período). Em Mogi das Cruzes, a crespa fechou em R$ 0,95/unidade (-30,19%) e a americana em R$ 1,70/unidade (-18,20%).
A oferta elevada causa cautela aos produtores quanto ao ritmo de plantio em setembro (mês do início da primavera), já que a demanda ainda não dá indícios de recuperação.
Fonte: hfbrasil.org.br
