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Melão
Novembro 24, 2017
HORTIFRUTI/CEPEA: Como está a participação do melão nos envios à UE?
Com crescimento nas vendas, Brasil segue como principal fornecedor

Por Marcela Barbieri e Letícia Julião
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HORTIFRUTI/CEPEA: Como está a participação do melão nos envios à UE? Ver fotos

Piracicaba, 24 – O Brasil esteve no 11º lugar no ranking de maiores produtores de melão em 2014 (ano com dados mais recentes disponíveis), de acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). Na média dos últimos cinco anos (2012-2016), entre 70% e 80% do volume produzido pela maior região brasileira (Rio Grande do Norte/Ceará) foi destinado ao mercado internacional, e 94% da quantidade enviada foi para a União Europeia, de acordo a Secex. 

Com boa tendência de crescimento dos embarques de melão desde 2008, o Brasil se mantém como principal fornecedor à UE. A vantagem sobre o segundo colocado é grande. Mesmo com a crise hídrica há cinco anos, que também restringe o aumento de área da cultura nas principais regiões produtoras do País, o Brasil conseguiu se manter competitivo no setor devido à sua janela de fornecimento da UE – entre outubro e janeiro, o País abastece quase que sozinho o bloco europeu. 

Com manutenção dos envios entre 2006 e 2016, o Marrocos perde participação no fornecimento da fruta à União Europeia, já que houve redução de 5,3% na produção desse país entre 2011 e 2014, segundo dados da FAO. Outros fortes concorrentes do Brasil são os países da América Central – Costa Rica (segundo maior fornecedor à UE), Honduras e Panamá –, que concentram seus envios no primeiro semestre de cada ano. 

Dentre esses três, Honduras foi o país que teve o aumento mais expressivo nos envios no período analisado. A Costa Rica, apesar de exportar 2,6% mais para a União Europeia entre 2006 e 2016, perdeu participações no ranking de fornecimento. 

O mesmo ocorreu para o Panamá (que nem aparece mais entre os cinco primeiros) e os envios à UE foram recuando ano após ano – além da queda de pouco mais de 50% na produção após 2008 (dados da FAO), o país, assim como a Costa Rica, tem focado mais no mercado norte-americano. 

No entanto, produtores brasileiros estão tentando diversificar os destinos e depender menos das compras da União Europeia. Assim, a abertura de outros mercados (sobretudo o Oriente Médio e o Chile) tem auxiliado a incrementar as exportações brasileiras de melão. Para um aumento mais expressivo, contudo, produtores têm que superar a forte crise hídrica e seguir conquistando novos compradores.

Para conferir o conteúdo completo sobre os concorrentes brasileiros, acesse a edição de novembro da revista Hortifruti Brasil, clicando aqui.

Fonte: hfbrasil.org.br, FAO e Secex

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