As grandes indústrias de processamento de laranja de São Paulo deverão pagar, juntas, R$ 301 milhões ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), após admitirem a formação de cartel no mercado nacional de aquisição de laranja. O montante é o maior acordo já feito junto ao órgão e, segundo noticiado na imprensa, será recolhido para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD). A investigação se estendia desde 1999 e chegou a ser questionada e suspensa judicialmente. O fim da investigação se deu com a assinatura de acordos por parte da Cutrale, Citrovita, Coinbra (atual Louis Dreyfus Company), Fisher (Citrosuco), Cargill, Bascitrus e a Abecitrus (antiga associação representante das indústrias). Além destas companhias, nove pessoas físicas também assinaram o acordo. Apesar de o valor não ser destinado aos produtores e suas associações, citricultores consultados pelo Hortifruti/Cepea acreditam que a admissão de ação ilegal (cartel) para a compra da laranja pode permitir ações indenizatórias pelas entidades dos produtores.
Fonte: Hortifruti/Cepea