Piracicaba, 04 – Em 2016, os produtos orgânicos estavam em, pelo menos, 82% dos lares norte-americanos. É o que mostra pesquisa da Nielsen (empresa que estuda o mercado consumidor e tendências em mais de 100 países), divulgada no mês passado em reportagem da revista da Organic Trade Association (OTA). Entre os 48 estados dos EUA presentes no levantamento, Dakota do Norte teve o resultado mais representativo: o consumo de orgânicos aumentou 14,2% em um ano e está presente em mais de 85% das residências locais.
Em relação às vendas totais de alimentos deste segmento naquele país, a alta foi de 11% em 2015 em comparação com 2014 – com arrecadação de US$ 39,7 bilhões. Os dados de 2016 serão divulgados neste ano pela Organização.
Para Laura Batcha, diretora-executiva da OTA, os números indicam a crescente representatividade deste mercado. “Essas novas descobertas mostram como o orgânico tornou-se importante para milhões de famílias americanas em todos os lugares – mais de 80% das 117 milhões de famílias de nossa nação”, declara na reportagem.
CENÁRIO NACIONAL – No Brasil, a comercialização de produtos orgânicos tem aumentado a uma taxa de 10% ao ano – ante 20% nos EUA, segundo Perfil de Mercado elaborado pelo Sebrae em 2016. Conforme a Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica (Ifoam), o Brasil ocupava, em 2010, o segundo lugar em toda a América do Sul em área de manejo orgânico, com 1,77 milhão de hectares. Entre os principais produtos comercializados, estavam os hortifrutigranjeiros frescos, cereais, conservas e laticínios.
No caso dos hortifrútis, um modelo de mercado que pode incentivar a produção familiar no sistema orgânico é a CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura), em que ocorre a venda direta entre o agricultor e o consumidor final – sendo este último, um coagricultor, pois colabora com o suporte financeiro ao projeto. Esse modelo já está consolidado nos EUA e na Europa, mas ainda é recente por aqui. Mais informações sobre as CSAs estarão na reportagem especial da Hortifruti Brasil da edição de abril. Aguarde!
Fonte: Food Business News, Organic Trade Association e Sebrae