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Piracicaba, 24 – Ao contrário da expectativa inicial para março, o preço do tomate salada ao produtor, na média parcial do mês (até o dia 23), está 24% inferior ao de fevereiro, a R$ 27,84/cx (ponderado por classificação) – enquanto, no mês passado, os valores fecharam em R$ 36,65/cx (também ponderados por classificação). As perspectivas de melhora se davam em função da desaceleração da safra de verão, que, de fato, tem ocorrido neste mês, possibilitando certa reação das cotações em alguns períodos.
No entanto, a queda na demanda, após as novas restrições de combate ao coronavírus em diversos estados brasileiros, vem dificultando o escoamento da produção e impactando os preços. Além disso, nos últimos dias, mesmo com a desaceleração da safra de verão, o aumento das temperaturas acelerou a maturação dos frutos, inibindo o efeito da menor colheita.
Ainda vale lembrar que, embora a maioria das praças de verão esteja reduzindo os trabalhos de colheita, Nova Friburgo (RJ) está em pico neste mês – podendo, até abril, ofertar 50% da área cultivada na safra. Somado a isso, há problemas de qualidade em diversas lavouras em produção, por conta do clima mais chuvoso nas últimas semanas, que resultou principalmente em tomates manchados e com acidez, além de relatos da ocorrência de bacterioses.
Para as próximas duas semanas, não há perspectiva de aumento dos preços, já que as restrições quanto à circulação de pessoas devem seguir rigorosas. Assim, embora a tendência de desaceleração da oferta de verão de tomate se mantenha, uma redução mais expressiva deve ocorrer a partir de abril.
Fonte: hfbrasil.org.br
