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Maio 8, 2023
HORTIFRUTI/CEPEA: Qual o período de exportação de abacates no Brasil?
Veja os números do setor de abacates do Brasil no mundo

Por Hortifruti Brasil
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HORTIFRUTI/CEPEA: Qual o período de exportação de abacates no Brasil? Ver fotos

Piracicaba, 08 – O Brasil exporta abacates em uma pequena "janela" de mercado, que ocorre de meados de fevereiro a maio, sendo o pico entre março e abril. Os principais concorrentes são do Hemisfério Sul, que têm o mesmo calendário de colheita, como Peru, Colômbia e África do Sul. A única exceção do Hemisfério é o Chile, que, por produzir em elevada altitude, tem calendário diferente e mais semelhante ao de países do Hemisfério Norte.

Nos últimos 10 anos, houve crescimento significativo nas exportações brasileiras de abacate à Europa e, sobretudo, à América do Sul. O primeiro continente, juntamente à América do Norte, é um grande consumidor mundial da fruta e tem sinalizado incremento das importações no médio prazo. Os embarques brasileiros para a Europa se enfraqueceram nos anos mais recentes, o que pode estar relacionado à pandemia de covid-19, e à maior inserção de concorrentes, como Peru, Colômbia, Quênia e Marrocos. Já os envios para a América do Sul decolaram após a abertura do mercado da Argentina ao abacate brasileiro, que ocorreu em 2019 – vale lembrar que, segundo a Comexstat, 89% do volume embarcado pelo Brasil à América do Sul em 2022 teve a Argentina como destino.

UNIÃO EUROPEIA AUMENTA COMPRA EXTRA-BLOCO; BRASIL PERDE ESPAÇO

De 2017 para 2022, a União Europeia aumentou a importação de abacate extra-bloco em 39%, e os principais países que aproveitaram este crescimento foram Peru, Colômbia, Quênia e Marrocos. Em contrapartida, as vendas externas do Brasil caíram no mesmo período. Enquanto o Peru foi responsável por 44% do fornecimento para o bloco europeu, o Brasil forneceu apenas 1%, de acordo com a Comtrade. Vale lembrar que a variedade avocado (hass) é a mais demandada internacionalmente.   

 

DE OLHO NO FUTURO!

Dados publicados pela OCDE/FAO indicam que as exportações mundiais de abacate devem superar as 4 milhões de toneladas em 2030, contra 3,1 milhões de toneladas em 2021. Esse crescimento é tão significativo que o abacate deve superar o comércio externo de manga e abacaxi até 2030. Os Estados Unidos e a União Europeia devem continuar sendo os principais importadores, responsáveis por 40% e 31%, respectivamente, das compras globais em 2030. As importações também estão aumentando rapidamente em outros países, como na China e alguns do Oriente Médio, evidenciando uma descentralização dos mercados. Boa parte da produção deve se manter na América Latina e Caribe, tendo em vista as condições favoráveis de plantio. A produção do México, maior produtor e exportador mundial, deverá crescer 5,2% a.a. nos próximos 10 anos, estimulada pelo contínuo avanço da demanda dos EUA, maior destino da fruta mexicana. Diante disso, a participação do México nas exportações mundiais deve subir ainda mais até 2030, atingindo 63%.

Para saber mais sobre o setor de abacates no Brasil e no mundo, acesse a edição de abril da Revista Hortifruti Brasil.

Fonte: hfbrasil.org.br

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