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Setembro 24, 2020
HORTIFRUTI/CEPEA: Quais os reflexos da valorização do dólar ao produtor de HF?
Dólar em alta é bom para quem exporta, mas ruim para a compra de insumos

Por Hortifruti Brasil
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Piracicaba, 24 – Em maio, no auge da pandemia de covid-19 e com taxas de juros baixas no Brasil, o dólar atingiu R$ 5,90. Em julho, a maior confiança dos agentes em relação à possível recuperação global (especialmente após o acordo entre os países da União Europeia para combater os impactos econômicos da covid-19) e a retomada de discussões sobre a reforma tributária favoreceram o desempenho do Real: a previsão do dólar para dezembro de 2020 é de R$ 5,25 e para 2021, de R$ 5,00.

Essa valorização da moeda norte-americana frente ao Real na pandemia elevou os preços dos insumos agrícolas, mas foi muito positiva para quem exporta, como destacado na edição de setembro da revista Hortifruti Brasil. E a boa notícia é que a previsão do câmbio próximo de R$ 5,00 pode indicar uma "acomodação" nos valores dos insumos, mantendo um cenário positivo aos exportadores.

E OS CUSTOS DE PRODUÇÃO? – Apesar de o valor da mão de obra – item mais caro dos custos de produção – estar mais contido em 2020, os gastos de hortifruticultores podem subir neste ano, devido à alta nos valores de importantes insumos, que, por sua vez, foi gerada pela valorização do dólar. Neste caso, os fertilizantes, em particular, têm relação direta com o câmbio.

Entre março e junho, os preços de produtos com as três importantes fontes de nutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio) aumentaram. E, para entender se a elevação dos insumos afetou, de fato, a rentabilidade do hortifruticultor em 2020, é necessário comparar o poder de compra do agricultor frente a um determinado item, ou seja, qual quantidade de mercadoria ele precisa vender para comprar uma tonelada de um insumo. Se o preço de sua mercadoria caiu e o do fertilizante subiu, por exemplo, significa que o poder de compra do agricultor foi desfavorecido e que ele terá que vender mais para comprar a mesma quantidade do adubo.

Ressalta-se que, muitas vezes, este cenário não reflete a realidade geral do hortifruticultor, já que a compra dos insumos ocorre bem antes da venda do produto final. Mesmo com as cotações dos insumos agrícolas mais elevadas após março de 2020, o poder de compra de alguns produtores aumentou. Este é o caso da bataticultura: os preços elevados mais que compensaram a alta dos custos em 2020.

É importante lembrar que outros custos se ampliaram durante a pandemia, especialmente os relacionados a adequações e a protocolos de segurança necessários para conter a disseminação do coronavírus.

Para entender o reflexo da alta dos preços dos insumos no bolso do produtor, é preciso identificar o momento em que a compra desses produtos foi feita e os valores recebidos na venda de sua mercadoria. Nesse sentido, um indicativo importante para avaliar o impacto desses custos em cada cultura é comparar quanta mercadoria foi necessária ser vendida para comprar uma tonelada de um terminado insumo – aqui foi utilizado o adubo. Verifica-se, acima, que o cenário é distinto entre as culturas analisadas.

Para conferir o conteúdo completo e as demais análises sobre os reflexos da alta do dólar nos custos, acesse a edição de setembro da Hortifruti Brasil, clicando aqui.

Fonte: hfbrasil.org.br

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