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Melancia
Novembro 25, 2019
HORTIFRUTI/CEPEA: Impactos do acordo Mercosul-UE às frutas
Entenda o que pode mudar nos mercados de limões e limas, melões e melancias

Por Hortifruti Brasil
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HORTIFRUTI/CEPEA: Impactos do acordo Mercosul-UE às frutas Ver fotos

Piracicaba, 26 – O acordo entre o Mercosul e a União Europeia, anunciado no final de junho deste ano, tende a ter grande impacto sobre o setor de frutas brasileiro. Caso consolidado, essa aliança bilateral zera e/ou reduz as atuais tarifas sobre as exportações e importação de frutas realizadas entre o Brasil e a União Europeia.

No caso da lima ácida tahiti, o Brasil é o principal fornecedor da União Europeia, com 51% de participação nas importações do bloco europeu em 2018 (considerando-se apenas os países fora da UE), segundo o Trade Helpdesk. A concorrência sempre foi acirrada com os mexicanos (responsáveis, em 2018, por 36% das importações de fora da UE), mesmo o país latino priorizando o abastecimento aos Estados Unidos.

Novos concorrentes, de menor peso, têm surgido, como Colômbia, Peru, Guatemala e Vietnã, sendo todos eles isentos de tarifas à União Europeia. E, de fato, a participação desses países nos envios à UE aumentou de 2014 para 2018, enquanto a do Brasil diminuiu. Exportadores nacionais entrevistados pela Hortifruti Brasil indicam que os baixos custos de produção na maioria destes países (que, em muitos casos, detêm mão de obra familiar) pesam sobre a competitividade brasileira.

No caso dos melões e melancias, o Brasil é o principal fornecedor de melão e o segundo de melancia à União Europeia durante a entressafra do bloco (de quase oito meses), com pouca competição de outros países nesse período. Em 2018, o Brasil foi responsável por 56% das importações de melão do bloco europeu e por 19% das de melancia (considerando-se apenas os países fora da UE), segundo o Trade Helpdesk.

A concorrência com países da América Central e Marrocos se restringe ao final da safra brasileira. E, neste período, a UE tem preferência pela compra de melões e melancias desses países, que são isentos de tarifas – o que, por sua vez, favorece a competitividade desses ofertantes.

Assim, com a eliminação da alíquota de 8,8% para o melão e para a melancia, as frutas do Brasil podem ficar mais competitivas na Europa. A melancia, que vem registrando aumento no consumo nos últimos anos, ao contrário do melão, que está estagnado, pode ser a mais favorecida. A importação de melancia de países de fora da UE dobrou de 2014 para 2018, somando 399 mil toneladas no ano passado.

Quer saber quais os impactos do acordo às outras frutas brasileiras? Confira o conteúdo completo, clicando aqui.

Fonte: hfbrasil.org.br

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