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Alface
Fevereiro 13, 2020
HORTIFRUTI/CEPEA: Chuvas recentes afetaram as hortaliças?
Além da Ceagesp, clima também interfere nas atividades das regiões produtoras

Por Hortifruti Brasil
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HORTIFRUTI/CEPEA: Chuvas recentes afetaram as hortaliças? Ver fotos

Piracicaba, 14 – Chuvas têm ocorrido em diversas regiões do Brasil desde o início deste mês e, para algumas culturas, podem prejudicar tanto a produção quanto a comercialização de hortaliças. Para algumas delas, a enchente que atingiu a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) também pode refletir no mercado, como um todo.

Confira um resumo referente às cinco hortaliças acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea. Detalhes e atualizações ainda serão publicados nos próximos dias.

Alface: O impacto das inundações na Ceagesp para o mercado de folhosas não foi muito expressivo. Como os produtos chegam diariamente, de um raio próximo, produtores reduziram a colheita logo pela manhã da segunda-feira, 10 – quando ficaram sabendo da situação da capital. A fim de evitar maiores excessos nas roças, também foi promovida a comercialização direta e para feirantes. Já a procura nos boxes da Ceagesp foi retomada durante a reabertura do entreposto, na quarta-feira, 12, mas ainda com certa dificuldade de acesso. Nas regiões produtoras de São Paulo, as chuvas não tiveram reflexos negativos, apesar de propiciarem o aparecimento de doenças, como mela e queima de miolo. Já em Minas Gerais, as fortes precipitações observadas nas últimas semanas levaram problemas às lavouras, sendo necessário o abastecimento por parte de outras regiões, como Rio de Janeiro – onde as chuvas reduzem a disponibilidade atual e futura das folhosas, uma vez que o plantio também foi afetado.

Cebola: Os maiores volume e frequência de chuvas em 2020 vêm impactando de diferentes formas as regiões produtoras de cebola. No Nordeste, as precipitações em janeiro e fevereiro foram fundamentais à reposição de estoques hídricos subterrâneos utilizados para irrigação. Em contrapartida, tal evento reduziu o ritmo de plantio em Irecê (BA). No Vale do São Francisco (BA/PE), as condições foram similares às de Irecê. Em Baraúna/Mossoró (RN), as precipitações, associadas à elevada temperatura, permitiram a entrada de bactérias causadoras de podridão, desvalorizando o produto. No Cerrado (MG e GO), o elevado índice pluviométrico também dificultou o plantio – e produtores optaram por postergá-lo, devido ao receio de serem afetados por chuvas, assim como ocorreu na safra de 2018. No Sul do País, o aumento da umidade e o calor promovem condições favoráveis ao desenvolvimento de fungos dentro dos galpões, diminuindo a vida útil e a qualidade do bulbo. Na Ceagesp, as chuvas atingiram parte dos bulbos, que precisou ser descartada. Alguns comerciantes conseguiram salvar o produto, colocando-o em pallets e evitando contato com a água, ou por estar localizado em áreas mais elevadas (não afetadas pelo alagamento).

Cenoura: O prejuízo no alagamento da Ceagesp não foi tão intenso para a cenoura (quando comparado a outros produtos). Isso porque, no caso das raízes, a maioria dos boxes não foi afetada pela enchente. Já para a região de São Gotardo (MG) – principal praça produtora do País – o intenso volume de chuva, desde dezembro, tem afetado significativamente a produção, reduzindo a produtividade e a qualidade nas lavouras. Como resultado, a oferta ficou bastante baixa e os preços vêm subindo desde o início do ano.

Tomate: As chuvas que atingiram a Ceagesp não causaram grandes perdas de tomate. Isso porque, para os produtos estocados nos boxes, a maioria estava em locais mais altos e, portanto, não foi atingida (sendo que as maiores perdas foram registradas nas pedras). Nas lavouras e atacados acompanhados pelo Hortifruti/Cepea, não houve variações significativas dos preços nesta semana (10 a 14/02).

Batata: A inundação na Ceagesp não gerou grandes perdas na produção de batata. Além da pouca mercadoria estocada durante o final de semana passado (08 e 09/02), os boxes do produto estão localizados em pontos mais altos do entreposto. Algumas das batatas que ficaram dentro dos caminhões, por sua vez, foram comercializadas, mesmo com qualidade inferior (devido à permanência nos veículos durante dois dias e meio, reduzindo sua vida útil). Outras, inviáveis para comercialização, foram descartadas. Por conta de chuvas nas lavouras durante esta semana, a batata esteve mais cara nos atacados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Já em Belo Horizonte, apesar da possibilidade de valorização, parte da mercadoria da Ceagesp foi destinada a esta central de distribuição, o que evitou aumentos nos preços.

Fonte: hfbrasil.org.br

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