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Agosto 17, 2016
DIRETO DA ROÇA!
Novas formas de comercialização aproximam produtor do consumidor

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As frutas e hortaliças percorrem um longo caminho para o consumidor saboreá-las. No geral, há uma cadeia profissionalde intermediação – beneficiadores, atacadistas, distribuidores, importadores/exportadores, supermercados, varejões e feiras-livres – para viabilizar a entrega do que foi produzido pelo produtor para o consumidor. Esses agentes de intermediação são muito importantes para a cadeia de produção de hortifrutis, mas limitam uma aproximação entre as pontas extremas deste canal de comercialização: produtor e consumidor.

Uma alternativa para aproximá-los é a “venda direta”. O volume de hortifruti comercializado por meio da “venda direta” é muito menor quando comparado ao da intermediação tradicional, com beneficiador, atacadista e varejista.

A maior parte da rede de colaboradores da Hortifruti/Cepea, por exemplo, não vende diretamente ao consumidor final. A razão principal é que a logística é muito custosa para o produtor escoar toda a sua produção “de porta em porta”. Além disso, a venda direta exige que o produtor amplie seu foco de atuação além da produção: a comercialização.

No entanto, nos últimos anos, é crescente o número de locais e de formas de venda direta do produtor no Brasil e no mundo. Em tempos de bolso apertado do consumidor e de altos custos de produção para o produtor, a venda direta pode ser uma alternativa de viabilizar um preço mais equilibrado para ambos: nem tão baixo para o produtor e nem tão elevado para o consumidor. Sem a intermediação, a qualidade também pode ser melhor, já que o tempo para consumo é reduzido.

Outro ponto importante é o apelo ambiental da venda direta, especialmente porque as perdas são mínimas. Além disso, muitos estudos destacam que a venda direta, por meio do mercado do produtor ou do turismo rural, se bem elaborada, pode proporcionar o que o marketing define como “consumo hedônico”, em que os produtos são oferecidos em locais que despertem emoções e lembranças ao consumidor.

A era digital também tem impulsionado o desenvolvimento de novas formas de venda direta e atraído mais produtores como uma alternativa de comercialização da sua produção. No mundo todo, é cada vez mais comum vendas on-line de frutas e hortaliças.

MERCADO DO PRODUTOR NO BRASIL

No Brasil, todo o tipo de mercado do produtor é verificado, desde a venda de produtos convencionais até a mais especializada, como orgânicos. Ao produtor de menor escala, a venda direta acaba sendo um canal mais adequado para vender a produção. Produtores consultados pela Hortifruti/Cepea que vendem frutas e hortaliças diretamente ao consumidor relataram que a remuneração é maior frente à recebida pela venda às ceasas. Por outro lado, a venda direta absorve baixíssimo volume se comparado aos compradores maiores, como atacadistas. Assim, produtores indicam que, se pudessem vender toda a safra diretamente ao consumidor final, certamente a fariam, visto que o faturamento seria maior.

Um formato diferenciado de venda que pode ser destacado é a feira com preço único, localizada em Curitiba (PR), chamada de “Nossa Feira”. As tradicionais festas regionais de frutas e hortaliças, realizadas em épocas de colheita, também são uma forma de venda direta – entre as mais conhecidas, estão a Festa do Morango em Itatiba (SC), Festa da Maçã em São Joaquim (SC), Festa da Melancia em Uruana (GO), Festa da Cenoura em São Gotardo (MG) e a Festa da Batata em Santa Maria do Herval (RS).

Caso queira saber mais sobre a venda direta de hotifrutícolas, leia a matéria completa em https://www.hfbrasil.org.br/br/revista/direto-da-roca.aspx.

 

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