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Piracicaba, 15 – Dezembro é o mês em que se inicia a safra de verão 2020/21 de alface. Neste começo de temporada, o ritmo de colheita ainda está reduzido nas praças produtoras acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea. Isto porque, devido à baixa capitalização e demanda fraca, os produtores ficaram receosos e o plantio para este início foi afetado. Além disso, a estiagem, entre setembro e outubro, também dificultou os preparativos e limitou as atividades nas lavouras.
Segundo os colaboradores do Hortifruti/Cepea, o controle de oferta se mostrou necessário, já que, com a proximidade das festividades de final de ano, o mercado consumidor dá preferência a outros produtos, mais comuns nesta época. Na parcial deste mês (até o dia 10/12), o preço médio das alfaces em Mogi das Cruzes, de R$ 0,74/unidade, recuou 3,34% quando comparado aos valores da última quinzena de novembro.
Mesmo com a leve desvalorização, os valores são 19,6% superiores aos do mesmo período do ano passado – cenário que reafirma que, mesmo com os impactos negativos, o controle da oferta foi o principal fator responsável por garantir a capitalização dos produtores que se mantiveram na cultura, recuperando-se parcialmente dos períodos de baixa ao longo de 2020.
Com os recentes indícios de recuperação do mercado de folhosas, produtores passaram a ampliar a área, a fim de disponibilizar mais produtos em janeiro – mês em que as altas temperaturas devem estimular o consumo. Quanto às perspectivas para esta temporada de verão, alfacicultores esperam que seja melhor que a última, permitindo bons retornos.
Fonte: hfbrasil.org.br
