Piracicaba, 1° – Com os altos custos de produção e os preços menos atrativos de outubro, produtores de alface reduziram o ritmo de plantio nas roças. Juntamente a este fator, o período de chuvas causou perdas nas lavouras, devido à ocorrência de bacterioses. Com isto, o mês de novembro foi marcado por oferta restrita da folhosa o que, atrelada à maior saída do produto, em decorrência do calor (que beneficia a demanda), resultou em aumento dos valores.
Assim, em novembro, a crespa registrou alta de 32% em comparação a outubro, sendo comercializada a R$ 0,92/unidade em Mogi das Cruzes (SP). Em Ibiúna (SP), frente ao décimo mês do ano, a americana teve acréscimo de 17,6%, negociada à média de R$ 1,41/unidade. Na região de Teresópolis, a demanda de outros estados (MG e SP) alavancou os valores: a cotação da crespa, na mesma comparação anterior, se elevou em 92,2% – passando de R$ 0,38/unidade em outubro para R$ 0,74/unidade em novembro.
Com os preços mais atrativos, a sequência da temporada pode apresentar pequeno aumento no plantio. Contudo, o cenário não deve causar excedentes de oferta, pois, como o custo de produção segue alto, produtores continuam cautelosos e, assim, as cotações de alface devem permanecer controladas. Além disto, produtores consultados pelo Hortifruti/Cepea acreditam que o clima mais firme e quente pode continuar favorecendo o consumo em dezembro, mesmo com as festividades de final de ano.
Fonte: hfbrasil.org.br