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Piracicaba, 20 – O mês de junho se iniciou com menor consumo de alfaces, cenário que tradicionalmente ocorre neste período devido às baixas temperaturas. O mercado desaquecido pressionou as cotações em SP e MG – a exceção foi Teresópolis (RJ), onde a procura de outras regiões no início do mês foi bastante aquecida. Porém, os preços na praça fluminense já se estabilizaram, devido ao aumento da oferta causado pelo maior ritmo de plantio, na intenção de aproveitar melhores preços.
Com a redução no escoamento, os preços recuaram na média parcial do mês (até o dia 17): em Ibiúna (SP), a crespa foi comercializada a R$ 1,17/unidade, queda de 12,7% em comparação a maio. Em Mogi das Cruzes (SP), a americana fechou em R$ 2,34/unidade, recuo de 10,6% na mesma comparação. Já em Teresópolis (RJ), a crespa teve média de R$ 0,87/unidade, desvalorização de 9,6% no período.
Ainda que os preços tenham caído neste mês, ainda estão em valores bem superiores aos do mesmo período do ano passado, devido aos menores investimentos em área plantada. Por outro lado, os custos de produção também aumentaram: a média de maio de 2021 em Ibiúna era de R$ 0,40/unidade de crespa, enquanto a do mesmo mês de 2022 foi de R$ 0,78/unidade.
Os custos de produção elevados ainda tendem a manter baixos os investimentos em área, mesmo com os preços mais firmes frente ao ano passado. Este cenário deve impedir uma desvalorização expressiva do produto em julho.
Fonte: hfbrasil.org.br
