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Citros
Junho 2, 2016
Temporais e granizo causam poucos prejuízos no setor de HF
Tomate foi uma das culturas mais afetadas; chuva continua nos próximos dias

Por Daiana Braga
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Os fortes temporais ocorridos na última quarta-feira (1º de junho) principalmente nos estados de São Paulo e Paraná não chegaram a causar grandes prejuízos às áreas produtoras de frutas e hortaliças. As tormentas, acompanhadas de granizo e raios, assustaram mais a população urbana, sobretudo no interior do estado paulista.

A equipe do Hortifruti/Cepea consultou vários produtores e, por enquanto, poucos foram os impactos negativos nas lavouras hortifrutícolas. 

Uma das culturas mais afetadas foi o tomate de Sumaré e Mogi Guaçu (SP). O impacto da chuva forte acaba “manchando” o produto e reduzindo seu valor comercial. Com isso, parte da produção teve que ser descartada. Em Sumaré já havia ocorrido granizo no final de maio, quando 250 mil pés de tomates foram pedidos, segundo produtores.  

No interior paulista, como na região de Louveira/Indaiatuba, não houve danos à produção da uva niagara, variedade que está sendo colhida no momento. A viticultura do Paraná (onde tem chovido a semana toda) também não sofreu com os impactos climáticos, mas produtores apontam que, se as chuvas persistirem, podem causar rachadura e podridão das bagas. 

As chuvas também ocorrem há vários dias na região de Monte Alto (SP), onde há produção de cebola. A chuva tem sido um empecilho para o prosseguimento dos tratos culturais dos bulbos, que estão em desenvolvimento – a colheita começa em julho.

Na produção paulista de laranja e lima ácida tahiti, também não houve grande danos aparentes, mas alguns frutos chegaram a cair dos pés por conta da força da chuva.

Na região de Tatuí, no Sudoeste Paulista, houve queda de granizo em algumas propriedades isoladas de batata. Por enquanto, as plantações não foram afetadas, mas as pedras danificam as plantas e podem afetar o enchimento dos tubérculos. Próxima de Tatuí, a cidade de Itapetininga também recebeu chuva, mas foi considerada boa pelos bataticultores locais. No Sudoeste Paulista, a safra das secas de batata começa até o final do mês. Em Vargem do Sul (SP), o excesso de umidade tem prejudicado o plantio da região, cuja colheita começa em julho.

 Para as demais culturas acompanhadas, não houve prejuízos e, em alguns casos, as chuvas foram bem-vindas, uma vez que são essenciais para elevar o nível dos reservatórios que suprem água para irrigação. 

As chuvas dos últimos dias estão bem mais volumosas que o normal para o período, que costuma ser mais seco. E agências meteorológicas alertam que mais chuvas deverão ocorrer nos próximos dias, com riscos de temporais. Portanto, o alerta continua.

A equipe do Hortifruti/Cepea está atenta ao comportamento do clima e novas informações poderão ser veiculadas no site.

 

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