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Citros
Julho 12, 2017
HORTIFRUTI/CEPEA: Ranking da HF Brasil - Junho
Confira as seis maiores variações nos preços dos hortifrútis em relação a maio/17

Por Caroline Ribeiro
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Piracicaba, 12 – Quer saber quais hortifrútis tiveram as maiores altas e desvalorizações em junho frente a maio/17? Confira nosso ranking de junho, que contabilizou os resultados dentre os 13 produtos acompanhados pelo Hortifruti/Cepea. Os valores se referem tanto à comercialização no atacado paulistano (Ceagesp), quanto nas regiões produtoras.

Em relação a maio, quando apenas três produtos se valorizaram, o mês de junho foi mais positivo em termos de preços, com altas para oito dos 13 hortifrútis. Isso porque houve melhor distribuição da oferta para estes cultivos, além de o cenário climático, mais chuvoso no Sudeste, ter reduzido a produção e/ou a qualidade de alguns HF’s. Confira as maiores variações:

ALTAS

1° LIMA ÁCIDA TAHITI: Tipicamente, a oferta de lima ácida tahiti começa a se reduzir a partir de maio, mas neste ano, a menor disponibilidade ocorreu apenas em junho. Além do calendário usual da cultura, as chuvas em São Paulo colaboraram para a redução da oferta no estado – fatores que impulsionaram os valores da fruta em junho e lhe garantiram o topo do ranking das valorizações. Com isso, houve redução do volume de frutos com o padrão demandado pelos mercados doméstico e externo e, também, um atraso intencional da colheita por parte de alguns produtores, que buscavam impulsionar ainda mais os preços. Para julho, o volume de tahiti deve continuar se reduzindo e, os preços, em alta. Isso porque, com a baixa disponibilidade de fruta no estado (em razão do atraso no crescimento dos frutos), citricultores reduziram o ritmo de colheita.

2° MAMÃO HAVAÍ (BA): A diminuição da oferta de mamão nas principais regiões produtoras valorizou a fruta em junho – sendo ainda maior para a variedade havaí do Sul da Bahia. Apesar disso, vale destacar que o maior volume da fruta, em 2017, tem mantido os preços de todas as variedades em baixos patamares em quase todos os meses (em decorrência do clima mais favorável à produção). Com isso, frutas que acumularam e amadureceram nas roças chegaram a ser descartadas. Para julho, as temperaturas mais baixas devem continuar atrasando a maturação do mamão, mantendo a oferta restrita. As cotações, por sua vez, ainda dependerão da demanda, visto que neste mês o clima ameno no Sul e Sudeste e as férias escolares reduzem o consumo de frutas.

3° ALFACE (CRESPA): Mais um produto que teve a oferta impactada pelas chuvas, a alface crespa ficou em 3° lugar no ranking das valorizações de junho. Com as precipitações contínuas, parte das folhosas que deveriam ser colhidas até julho, apodreceram. Com isso, houve elevado descarte do produto nas roças paulistas. Além das perdas, o frio atrasou ainda mais o ciclo de desenvolvimento das alfaces, que normalmente é mais longo em períodos de temperaturas baixas. Neste cenário, o volume de crespa disponível para comercialização diminuiu, fazendo com que os preços de todas as variedades subissem em São Paulo. Se o clima for favorável nas principais regiões produtoras do Sudeste, a oferta deve aumentar em julho.

QUEDAS

1° BATATA (ÁGATA): Do primeiro lugar entre as valorizações de maio para o primeiro entre as quedas em junho, a batata foi bastante impactada pela concentração da safra das secas no mês passado, com aumento da oferta no Sudoeste Paulista, em Curitiba, Irati, Ponta Grossa e São Mateus do Sul (PR) e Cristalina (GO). Além disso, o clima favorável à produção dos tubérculos elevou a produtividade, o que, atrelada à baixa demanda, dificultou o escoamento da variedade. Em julho, além da colheita das regiões que produzem na temporada das secas, entram também, colhendo a produção de inverno, Vargem Grande do Sul (SP), Sul de Minas e intensificação das atividades nos cerrados de MG e GO. Assim, a oferta nacional deve continuar elevada e, consequentemente, mantendo o cenário de preços baixos.

2° CENOURA: O clima favorável (temperaturas amenas e chuvas esporádicas) continuou favorecendo a produtividade da cenoura em junho. Neste cenário, a oferta permaneceu elevada em quase todas as regiões acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea, mantendo a raiz entre as maiores quedas pelo segundo mês consecutivo. Mesmo a alta das cotações, registrada no fim daquele mês (em decorrência da aproximação do fim da safra de verão), não foi suficiente para impulsionar a média mensal. Para julho, a expectativa é de oferta nacional menor e controlada, enquanto a temporada de inverno não se inicia – prevista apenas para o fim de julho – já que a safra de verão está próxima do final.

3° BANANA NANICA (atacado): Com oferta maior que a procura nos últimos meses, as variedades nanica e prata registraram baixas na Ceagesp de maio para junho, alcançando o terceiro lugar do ranking entre as desvalorizações. Isso porque atacadistas têm enfrentado dificuldades na comercialização de banana desde meados de abril, mesmo com o recuo das cotações frente às do início do ano. Para julho, o cenário não deve se alterar. Com as férias escolares, a demanda deve se reduzir ainda mais (cerca de 40%, conforme colaboradores do Hortifruti/Cepea), visto que as merendas são um importante meio de escoamento da fruta no mercado doméstico.

Quais as suas apostas para julho? Acompanhe as análises de mercado no site HF Brasil e aguarde os resultados do próximo ranking!

Fonte: hfbrasil.org.br

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