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Batata
Novembro 2, 2017
HORTIFRUTI/CEPEA: Indústria X In natura
Qual é o impacto da gestão das propriedades bataticultoras?

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HORTIFRUTI/CEPEA: Indústria X In natura Ver fotos

Piracicaba, 02 – Devido à importância do segmento da indústria da batata congelada pré-frita na cadeia produtiva do tubérculo no País, a Hortifruti Brasil publicou um estudo inédito a respeito dos custos de produção desse produto para a indústria. Em função de a produção se concentrar no cerrado de Minas Gerais, e no período de inverno, o levantamento dos custos foi realizado nessa região. Os dados são referentes à safra de inverno de 2016.

Em termos de plantio e manejo, há poucas diferenças na produção de batata para a indústria e para o mercado. A variedade demandada pela indústria (variedade asterix) apresenta ciclo de desenvolvimento maior que a ágata (mais utilizada para o mercado in natura). Por ter ciclo maior, há, no geral, mais tratamentos para a batata asterix do que a ágata. 

Em relação a questões técnicas, a variedade destinada à indústria, por ter ciclo mais longo, acumula mais matéria seca. No entanto, os custos da batata industrial apresentados são menores que o custo médio da produção do tubérculo para comercialização in natura em muitas situações. O valor mais competitivo deve-se ao alto nível de tecnologia, ao período de produção com condições climáticas favoráveis (safra de inverno) e às boas condições edafoclimáticas do Cerrado Mineiro para a produção de batatas. 

Quando se analisam escalas semelhantes e o período de inverno, os custos são muito próximos. Isso pode ser observado na comparação entre o custo de produção no inverno da produção de grande escala de Vargem Grande do Sul/SP (350 hectares) com o do Cerrado Mineiro (200 hectares).  Na região paulista, no inverno de 2016, o custo médio da saca de 50 kg era de R$ 39,53, enquanto para o produtor da indústria, era de R$ 42,52. Neste caso, a batata não é ensacada, mas, caso fosse, esse seria o custo unitário, descontados os custos com sacaria. 

Não é possível dizer que uma região foi mais eficiente do que a outra quando se faz uma comparação item a item, pois diversos fatores influenciam no valor dos custos. Além da questão técnica, é importante avaliar o comprador de batata para a indústria e o para o mercado in natura. O setor industrial é muito concentrado em uma única região e pratica valor pré-fixado. O mercado in natura tem liquidez maior, com muitos compradores, e permite a entrada de produtores de menor porte. No entanto, é um mercado muito mais arriscado em termos de preços. 

Quanto à rentabilidade, o Hortifruti/Cepea não acompanha os preços de contrato de batata para a indústria. Porém, pelo perfil do negócio, contratos com preços pré-fixados é um segmento onde os valores ao produtor oscilam menos quando se compara com o in natura. No geral, a avaliação dos fornecedores de batata para a indústria é que a rentabilidade, em 2016, apesar de positiva, não obteve os bons resultados observados em Vargem Grande do Sul (SP). 

O preço médio ponderado na temporada 2016 nessa região paulista foi de R$ 75,60/sc e pode ter alcançado margens de 91% acima dos custos (R$ 39,53). Apesar disso, em anos de baixa rentabilidade para o mercado in natura, como tem sido 2017 até o momento, o produtor que fornece batata para a indústria tem conseguido manter as margens positivas.

Estas e outras informações estão na edição de outubro da revista Hortifruti Brasil. Confira o conteúdo completo, aqui.

Fonte: hfbrasil.org.br

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